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Ou nos transformamos ou sucumbimos!

Sem entidades fortes e organizadas, direção competente e ampla participação da classe odontológica, não sairemos desse marasmo e da depreciação política aos quais estamos acorrentados.Mudanças estruturais e políticas têm que ser operadas, sob pena de sermos condenados a eternizar a Odontologia como subcategoria política na saúde e na sua importância social para o País.

A Odontologia brasileira começa com um problema na formação.

De acordo com dados do INEP, em 1991, existiam 83 cursos, com 7.315 vagas, 7.230 ingressos e 6.089 concluintes. Já em 2013, a capacidade instalada do ensino da Odontologia quase que triplicou no país, apresentando o seguinte perfil: 220 cursos, 20.589 vagas, 23.057 ingressos com 10.269 concluintes/ano.

O mais interessante desse incremento é observar que o número de cirurgiões-dentistas formados, ou seja, os que deveriam realmente representar o mercado de trabalho, não apresenta um crescimento proporcional ao número de vagas e nem de cursos criados no mesmo período.

Quem pode explicar?

Outra questão, no mínimo esdrúxula, são as cooperativas – os cooperados nunca entenderam o que é uma cooperativa.

Eles se comportam como credenciados de uma empresa, quando na verdade eles são seus donos!

Nas reuniões em que se delibera sobre a remuneração dos diretores da cooperativa, entre outras coisas, mais uma vez a não participação, a baixa compreensão do sistema e a inércia – ninguém quer sair da zona de conforto – provocam no máximo um rol de queixas nas redes sociais.
Lamentável!
Sem margem de lucro, “ganho pouco, pago pouco”.

Por seu lado, as cooperativas alegam frequentemente que para concorrerem no mercado com outras empresas e ganharem contratos em licitação (menor preço) terminam sem margem para remunerar melhor seus cooperados.

Enfim, ficam iguais aos concorrentes no aspecto remuneração.

É o ciclo de “ganho pouco, pago pouco”. Isso tem acontecido com todas as cooperativas, a exemplo da UNIMED, que é hoje a que menos paga aos médicos.

Na mesma baixa moeda, estão aí também as cooperativas de Odontologia e seus cooperados.

De novo, o que falta é participação, desta vez do cooperado.

Somente 5% dos CDs brasileiros participam/contribuem com os sindicatos.

Essa ausência de profissionais inseridos nas lutas da categoria fragiliza a própria Odontologia, que deixa de ter um importante instrumento de combate e de reivindicação política.

A grande maioria dos sindicatos da Odontologia é precária, sem estrutura e sem a efervescência da participação da classe que, sem pudor, permanece na zona de conforto, presente apenas virtual e eventualmente por meio das redes sociais, com suas contumazes queixas.
É este o comportamento típico do dentista brasileiro: em regra, imaturo politicamente!

É o que se vê lamentavelmente na grande maioria da categoria. Comodamente, espera que o poder dominante se compadeça dos seus problemas e os resolvam.

Uma ilusão!

Gostando ou não de política, só se mudam as coisas por meio dela!

É ela a ferramenta que pode contribuir e modificar o presente e arquitetar o futuro das gerações de colegas que, aos milhares, nos sucederão.

Ou nos reformulamos e nos tornamos cidadãos e vamos à luta, ou sucumbimos nesse mundo competitivo, no qual grandes decisões políticas do País são tomadas sem sermos ouvidos ou observados com o devido cuidado, a atenção e o respeito que merecemos.

 

Marcos Luis Macedo de Santana – Cirurgião-dentista, é membro da Academia Tiradentes de Odontologia (ATO) e presidente do Sindicato dos Cirurgiões-Dentistas de Sergipe (SINODONTO-SE), com extensa carreira dedicada à causa Odontologia em várias instâncias.

 

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