Há um ditado popular francês que diz: “O homem conta os defeitos de quem o faz esperar.”
É lamentável afirmar, mas este fato está tornando-se corriqueiro, nas salas de recepção (hoje mais salas de espera) dos profissionais da saúde.
Refletindo a mesma preocupação, o compêndio do Prof. Augusto Mota Borges Filho, intitulado Pontualidade, adverte as categorias diversas que o segredo do bom relacionamento e da boa convivência, uma das razões do sucesso profissional, está em não deixar a pessoa enferma esperar.
Esperar em um restaurante por uma saborosa refeição, degustando uma bebida hidratante ou euforizante é diferente de se estar aguardando um profissional da saúde que lhe trará, certamente, diagnósticos nada agradáveis, muitas vezes acompanhados de uma lista de medicamentos ou de instrumentos perfuro-cortantes indesejáveis.
Diante disso, entendo que é primordial combater-se esse procedimento deselegante, portanto desagradável, intolerante e indigno, de se deixar um cliente horas a fio, esperando numa poltrona, num sofá ou numa cadeira incômoda em nossos consultórios.
Assim como entendo que planejar, organizar horários, equipar-se adequadamente, respeitar, despojar-se da arrogância e da pretensão de poder, imbuir-se do senso de humildade são variantes que comprovam competência assim como são caminhos para se evitar os famigerados atrasos e se garantir a satisfação plena do cliente. E, além disso, nada melhor que a presença de uma atendente qualificada, com recheio de ternura e de beleza sobretudo no modo de tratar os pacientes.
Raimundo Leopoldo V. Menezes
Secretário Geral do Sindiodonto-Ce
Membro da Diretoria da FIO ( Secretário de Assuntos Sociais e Saúde do Trabalhador)